
O futuro político do ex-governador de Goiás, Marconi Perillo, pode ganhar um novo capítulo caso o Supremo Tribunal Federal (STF) decida reativar o inquérito que investiga supostos desvios na área da saúde durante sua gestão. O processo, atualmente suspenso por decisão do ministro Gilmar Mendes, aguarda definição sobre a competência — se deve tramitar na primeira instância ou se permanece no STF por prerrogativa de foro.
Embora a suspensão tenha “congelado” momentaneamente a investigação, o caso não foi arquivado, o que significa que pode voltar a avançar a qualquer momento.
Impacto jurídico: processo não impede candidatura, mas aumenta desgaste
Do ponto de vista legal, mesmo que o inquérito seja retomado, Perillo não se torna automaticamente inelegível. Pela Lei da Ficha Limpa, a inelegibilidade ocorre apenas após condenação por órgão colegiado, o que não é o caso.
Entretanto, a eventual reativação do processo pode resultar na aceitação de uma denúncia, o que, apesar de não barrar a candidatura, aumenta o desgaste público e cria um cenário mais desfavorável para o ex-governador em uma disputa eleitoral.
Impacto político: prejuízo imediato na imagem e nas alianças
Caso o processo seja descongelado, o impacto político é considerado bem mais severo. A reabertura do caso colocaria novamente Marconi Perillo no centro de polêmicas, trazendo de volta acusações que marcaram sua trajetória pública nos últimos anos.
A retomada das investigações:
- reacende a exposição negativa na mídia;
- oferece munição para adversários utilizarem o caso em debates e campanhas;
- fragiliza alianças estratégicas;
- dificulta a consolidação de sua imagem junto ao eleitorado indeciso;
- reduz o fôlego de uma possível candidatura ao governo de Goiás.
Especialistas avaliam que Perillo entraria em eventual campanha “sob pressão”, precisando responder a denúncias em vez de focar propostas — um cenário que tende a dificultar seu crescimento político em um estado com forte concorrência eleitoral.
Cenário para 2026
Se decidir disputar novamente o comando do Palácio das Esmeraldas, Marconi Perillo deverá enfrentar um ambiente muito mais complexo caso o processo seja retomado. A suspensão atual lhe dá margem para articular politicamente, mas a qualquer momento o STF pode redefinir o rumo da investigação.
Enquanto isso, o meio político observa de perto os próximos passos da Corte, já que a decisão sobre o foro e a retomada do inquérito podem influenciar diretamente no tabuleiro eleitoral de Goiás.
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