Com uma alegria contagiante, Maysa Cunha fala sobre o que a faz se levantar todas as
manhãs: ajudar o maior número de pessoas a viver com dignidade. A preocupação com o
próximo sempre foi presente na vida da vice-prefeita de Iporá. Todo o tempo a porta de
sua casa esteve aberta para as pessoas em situação de vulnerabilidade social. Lá, elas
sabiam que encontrariam alimentação, conversa e acolhimento. “Eu considero que tenho
muitos irmãos, mães, pais, afilhados e sobrinhos, é uma grande família”, observa.
Segundo Maysa Cunha, o olhar para a dignidade humana foi potencializado pela sua fé:
“Quem me levantou para essa história foi Deus, aos 14 anos me converti na Primeira
Igreja Batista de Iporá”. Para ela, a fé é um elemento fundamental na vida das pessoas, por
isso, cada um deve ter o livre-arbítrio para manifestá-la da melhor forma. Maysa atribui a
essa experiência tão particular o motivo que a levou para a política.
Em 2020 recebeu um chamado para fazer a diferença. Então colocou seu nome à
disposição do Partido Progressista (PP). Inicialmente iria sair como candidata à prefeitura
de Iporá pelo seu partido. No processo foi realizada uma coligação com o PSDB e seu
nome foi aprovado na chapa do atual prefeito, Naçoitan Leite. Maysa é a primeira mulher
a ocupar o cargo de vice-prefeita da cidade e é presidente local do seu partido. Agora, aos
49 anos, o desafio é ainda maior, recebeu a missão e aceitou sair candidata a deputada
federal, apoiada pelo pré-candidato ao Senado Federal, Alexandre Baldy (PP).
Determinada, Maysa Cunha diz que não pode terceirizar a responsabilidade em contribuir
com a melhoria da dignidade humana, por isso está nesta caminhada confiando em Deus e
nas pessoas que acreditam em mudanças. “Eu sei que eu posso, mesmo sendo uma gota no
oceano, como dizia Madre Teresa de Calcutá”, declara. Segundo Maysa, hoje o seu trabalho
pode ser pequeno, como uma gota, mas ele pode ampliar e fomentar ainda mais o
empreendedorismo socioeconómico e humano da sua região.
Ela vê nas pessoas o desejo por mudanças. O que está acontecendo, de acordo com Maysa
Cunha, é um descrédito no conceito de politicagem, que é a prática da mentira, da
corrupção e dos interesses próprios. Mas o que a motiva, é o movimento que fomenta a
dignidade humana, que é a verdadeira política.
A experiência com políticas públicas de Maysa Cunha foi construída ao longo de mais de
22 anos. Em 1995 ela concluiu o curso de Serviço Social em Goiânia e viu a possibilidade
de ajudar no desenvolvimento humano de sua região. Criou uma consultoria que hoje
atende mais de 12 municípios, seus prefeitos e primeiras-damas, na área social e de
políticas públicas, impactando mais de cem mil pessoas. Maysa fez ainda a graduação em
Direito e se especializou em Negociação, Mediação, Conciliação e Arbitragem de
Conflitos, área que foi bastante atuante. Participou da Câmera de Arbitragem com
mediação em conflitos familiares, de cunho individual e coletivo.
Filha de dona Doralice e Negrinho Cunha, trabalhadores rurais, Maysa descobriu cedo a
importância do trabalho. Moradores da região do Morro do Macaco, no município de
Iporá, os pais acordavam às 3 horas para tirar o leito. Ela e o irmão se preparavam para ir à
escola. Inicialmente iam de carroça. Com o tempo, o pai da assistente social comprou um
Chevette branco, onde retirou o banco da frente, e ali dentro iam os latões de leite e os
filhos apertados para a cidade.
Depois das aulas, a lida era junto com a mãe, na produção de farinha, na colheita do pequi
e na casa. A família sempre foi fundamental e o porto seguro para Maysa. Em 1997 ela se
casou com o agrônomo Joviano Júnior, também iporaense. Da união nasceram os dois
filhos, Lucas e Mariana, atualmente estudantes do curso de Medicina em Rio Verde.
