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‘Bica corrida’: testemunhas dizem ter bebido por conta de prefeito de Joviânia antes da eleição

de catalaonews


JUSTIÇA ELEITORAL

Prefeito de Joviânia, Max Barbosa, teve mandato cassado pela Justiça Eleitoral no dia 8 de agosto. Decisão alcançou vice-prefeito, presidente da Câmara e vice-presidente

'Bica corrida': testemunhas dizem ter bebido por conta de prefeito de Joviânia antes da eleição (Foto: Instagram e Divulgação)

‘Bica corrida’: testemunhas dizem ter bebido por conta de prefeito de Joviânia antes da eleição (Foto: Instagram e Divulgação)

Pelo menos três testemunhas afirmaram, em depoimento à Justiça Eleitoral, terem participado de ‘bicas corridas’ patrocinadas pelo então candidato a prefeito de Joviânia, Max Barbosa (Podemos), às vésperas da eleição municipal de 2024. O termo ‘bica corrida’ foi usado para designar um período de tempo em que toda cerveja consumida seria paga por Max. Esses eventos, segundo um eleitor, aconteceram em vários dias e em paralelo à distribuição de bonés e de adesivos de carro. Max teve o mandato cassado por compra de votos na última sexta-feira (8).

Adelzídio Pereira Borges Filho, uma dessas testemunhas, afirmou ter participado de uma ‘bica corrida’ em um lugar que ele chama de “Distribuidora do Diogo”. Outra testemunha, Rubens Felício da Silva Neto, relatou que que estavam servindo, gratuitamente, diversas marcas de cerveja na chamada “bica corrida” e que o filho do candidato se fez presente. “Ele esclareceu que a distribuição de bebidas ocorreu em vários dias, mais concentrado no final de semana, e em vários locais. Informou que também estavam distribuindo adesivos do Max”.

O terceiro relato é da testemunha Alex Sandro Pereira: “informou que um colega ligou para irem até a distribuidora de bebidas do Bueno para ‘bica corrida’ e, enquanto lá estavam, tomando cerveja, gratuitamente, presenciou Max Filho chegar em uma caminhonete para entregar bonés com a escrita ‘Sou Max’”. Alex Sandro complementou dizendo ‘que a bica corrida aconteceu em vários dias e com distribuição de grande quantidade de cerveja, mas naquele dia dos bonés o estabelecimento tinha de 30 a 40 pessoas, todos bebendo de graça, cujo pagamento era feito pelo Max”.

Cassação de mandato

Max Barbosa teve o mandato cassado por decisão da juíza Danila Cláudia Le Sueur Ramaldes, da 45ª zona eleitoral de Pontalina. Além dele, a cassação alcançou o vice-prefeito da cidade, Roudison Sabino Muniz, o presidente da Câmara Municipal, vereador Flávio Martins de Sousa, e o vice-presidente João Paulo Ferreira Rezende. Todos eles foram condenados por abuso de poder econômico e compra de votos.

Como o presidente e o vice da Câmara são os primeiros da linha sucessória em caso de ausência do prefeito e do vice-prefeito, e nesse caso os dois vereadores perderam o diploma, a juíza determinou que faça nova eleição imediatamente para escolha da Mesa Diretora. Após o trânsito em julgado dessa sentença, e se a decisão for mantida, a Justiça Eleitoral deverá então convocar novas eleições para prefeito.

De acordo com o processo, a polícia encontrou um aumento significativo de transferências pix por parte do prefeito Max Barbosa no decorrer de agosto, setembro e outubro daquele ano. Também há registro de quatro saques relevantes em 7 de outubro, dia seguinte à eleição. O inquérito também detectou que o filho dele, também chamado Max, fez múltiplas transferências de valores “redondos” na campanha, destoando do que ocorreu nos meses anteriores.

Max Filho, segundo a sentença, fez transferência pix para Adelzidio Pereira, assim como para um eleitor chamado Luciano Henrique, no valor de R$ 1,2 mil, mesma quantia repassada para um outro eleitor chamado Luiz Paulo Caetano Vieira em 25 de setembro.

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