Goiás tem seis casos confirmados de varíola dos macacos, de acordo com o boletim da Secretaria Estadual de Saúde (SES) divulgado na terça-feira (19/7). No total, quatro são de Goiânia, e outros dois, de Aparecida de Goiânia, na região metropolitana da capital.
De acordo com o boletim da secretaria, todos os pacientes são homens e têm entre 24 e 41 anos. A pasta não informou a situação clínica deles. A SES descartou cinco casos investigados e ainda monitora o quadro de saúde de outros oito pacientes que estão com a suspeita da doença.
Assim que confirmou os dois primeiros casos da doença em Goiás, a secretaria informou que os pacientes “receberam atendimento médico e orientações quanto à necessidade de manter isolamento, uma vez que a transmissão ocorre por contato próximo com lesões, fluidos corporais, gotículas respiratórias e materiais contaminados”.
Na ocasião, a secretaria também disse que, apesar de a doença ter “sido identificada pela primeira vez em macacos, o surto atual não tem relação com esses animais”.
A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Goiânia informou, em nota, que os dois primeiros pacientes confirmados já receberam alta e que foi comunicada pela SES sobre a confirmação de mais dois casos.
De acordo com a SMS, os novos pacientes passaram por exames em laboratórios da rede privada. O Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde (Cievs) iniciou as investigações, mas ainda não há nenhuma informação.
Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde de Aparecida de Goiânia informou que a investigação epidemiológica apontou que os dois casos da cidade foram confirmados pelo método laboratorial.
De acordo com a pasta de Aparecida de Goiânia, um dos pacientes já recebeu alta do isolamento. Por isso, é considerado curado. O outro, no entanto, segundo a secretaria, “aguarda a evolução do caso para encerramento da investigação”.
Sintomas
Veja, abaixo, os principais sinais de contaminação pela doença varíola dos macacos.
- Febre;
- Dor de cabeça;
- Dores musculares;
- Dor nas costas;
- Gânglios (linfonodos) inchados;
- Calafrios;
- Exaustão.
Transmissão
A doença pode ser transmitida por meio de contato com o vírus em animal, pessoa ou materiais infectados.
- No caso de animais, há risco de contaminação por meio de mordidas e arranhões provocados por eles, manuseio de caça selvagem ou pelo uso de produtos feitos de animais infectados. Ainda não se sabe qual animal mantém o vírus na natureza, apesar de roedores africanos serem suspeitos de desempenhar um papel na transmissão da doença às pessoas.
- Em relação à contaminação entre pessoas, é possível por meio de ontato direto com fluidos corporais, como sangue e pus, secreções respiratórias ou feridas de uma pessoa infectada, durante o contato íntimo – inclusive durante o sexo – e ao beijar, abraçar ou tocar partes do corpo com feridas causadas pela doença. Ainda não se sabe se a varíola do macaco pode se espalhar através do sêmen ou fluidos vaginais.
- Por materiais contaminados que tocaram fluidos corporais ou feridas, como roupas ou lençóis;
- Da mãe para o feto através da placenta;
- Da mãe para o bebê durante ou após o parto, pelo contato pele a pele;
- Úlceras, lesões ou feridas na boca também podem ser infecciosas, o que significa que o vírus pode se espalhar pela saliva.