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Defesa diz que cirurgias após facada de 2018 tornaram o ex-presidente uma pessoa frágil em termos de saúde
Foto: Redes Sociais
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) não aguentará muito tempo na Papuda, terá um ‘piripaque’ logo nas primeiras semanas e ao ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes não restará alternativa senão autorizar para ele a prisão domiciliar. Essa é a aposta de advogados ligados à defesa do ex-presidente e a de outros réus do 8/1.
Segundo eles, depois de seis cirurgias no abdômen por causa da facada de 2018, uma sétima para curar refluxo e desvio de septo, e outros quatro procedimentos para tratar de obstrução intestinal e erisipela, o ex-presidente já provou que é uma pessoa frágil em termos de saúde —isso sem contar os aspectos psicológicos por já se encontrar preso em casa.
Nesta semana, Moraes deu sinais claros de que pode determinar que Bolsonaro cumpra pena pela trama golpista no Complexo Penitenciário da Papuda.
Ele inclusive enviou sua chefe de gabinete ao local para verificar as instalações do presídio em que Bolsonaro pode cumprir pena pela trama golpista.
A auxiliar de Moraes foi acompanhada pela juíza Leila Cury, titular da Vara de Execuções Penais do Distrito Federal.
Uma vez dentro do sistema penitenciário, Bolsonaro poderá pedir para voltar à prisão domiciliar.
Na avaliação de advogados, é provável que a Justiça negue o benefício. Na primeira manifestação real de debilidade na saúde do ex-presidente, no entanto, tanto a juíza de execuções penais quanto Moraes serão levados a conceder o benefício.
Moraes já votou nesta sexta-feira (7) para negar um recurso apresentado pela defesa de Bolsonaro contra a sua condenação no julgamento da trama golpista, e já teve sua posição acompanhada por Flávio Dino.
Faltam os votos de Cármen Lúcia e Cristiano Zanin.
O ministro Luiz Fux deixou a Primeira Turma do Supremo e não vai analisar os recursos do ex-presidente e dos demais réus da trama golpista.
Segundo Moras, os temas abordados pelos advogados de Bolsonaro já foram superados ao longo do processo, desde o recebimento da denúncia até o julgamento.
*Via Folha de São Paulo


