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Vereadores saem em defesa da CEI da LimpaGyn

de catalaonews


BASTIDORES DO PODER

Debate sobre a CEI expôs críticas de vereadores ao Paço e escancarou divisões na base

Vereadores participam da sessão na manhã desta terça-feira (26) na Câmara e passam a definir composições da CEI da LimpaGyn (Foto: Divulgação)

A sessão desta terça-feira (26) na Câmara Municipal de Goiânia foi marcada por discursos inflamados e acusações diretas contra o prefeito Sandro Mabel (União Brasil). Vereadores da base e oposição usaram a tribuna para tratar do colegiado e não faltou ingrediente que colocasse fogo no assunto. A publicação da CEI da LimpaGyn no Diário Oficial e a exoneração de Diogo Franco, irmão do líder do governo Igor Franco (MDB), deram o tom de um debate que escancarou as divisões na base governista e ampliou a pressão sobre o Paço Municipal.

Indicado pelo PT para integrar a CEI, o vereador Fabrício Rosa afirmou que não haverá silêncio nem conchavos em sua atuação no colegiado. “Estou honrado e quero dizer que estou comprometido com a cidade em agir da maneira mais transparente e honesta possível. Deste vereador, não esperem silêncio, nem tramoia ou maracutaia. O que haverá é honradez e investigação. Também haverá denúncia. Essa CEI surge num contexto em que o prefeito Sandro Mabel perde força e a base está completamente rachada”, disse.

Aava Santiago (PSDB), em um dos discursos mais duros da sessão, rebateu as acusações de que a comissão teria caráter de negociata. “Não é possível que se aceite que o prefeito possa dizer que está sendo chantageado por vereadores. Quem tá chantageando o prefeito? Porque até agora o que vi não foi um prefeito chantageado, mas sim um prefeito chantagista. Se o vereador não retira assinatura, exonera o secretário que o irmão indicou. Quem tá chantageando?”, questionou.

A vereadora disse que, mesmo sem ter assinado o requerimento, agora atuará diretamente na comissão: “Se eu não assinei a CEI, agora eu vou cair de cabeça em cima dela. Quero ver me taxarem de chantagista.”

Cabo Sena (PRD), autor do requerimento de criação da CEI, ressaltou que o objetivo da comissão é atender à população. “O papel do vereador é de legislar e fiscalizar. Não estamos querendo pegar no pé do empresário que entrega emprego para a cidade. Queremos entregar uma cidade limpa porque os contribuintes estão pagando caro para isso. Precisamos entregar isso para a sociedade”, afirmou.

Já Coronel Urzeda (PL) minimizou a polêmica em torno da instalação da comissão. “Quanto a CEI, porque tanta preocupação com essa CEI? Tanto de um lado como de outro. Eu não tô nem aí. Não devo nada, não assinei contrato, eu nem sei onde fica a LimpaGyn. Se for eu o indicado, irei lá para fiscalizar. Porque essa preocupação toda? Alguém deve? Se dever, paga. Quem deve, paga”, declarou.

A sessão desta terça-feira mostrou que a CEI da LimpaGyn, oficializada à contragosto do prefeito Sandro Mabel (União Brasil), segue ampliando as fissuras na base governista e arrastando o Paço para o centro da crise. A exoneração de Diogo Franco, irmão do líder do governo na Câmara, somada aos discursos duros no plenário, confirmam que a comissão ainda nem iniciou os trabalhos, mas já funciona como catalisador da divisão política na capital.



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