
O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, irá trocar o PSDB pelo PSD nesta sexta-feira. A decisão foi anunciada hoje pelo partido comandado por Gilberto Kassab. A possibilidade de ele sair dos quadros tucanos já era esperada há semanas. A aliados, o governador chegou a falar que precisava estar um partido maior para disputar as eleições de 2026. O anúncio de filiação acontece em São Paulo, na sede da direção nacional do PSD.
Leite se coloca como pré-candidato à Presidência, mas há também quem defenda que ele possa se candidatar ao Senado. Em fevereiro, a governadora de Pernambuco, Raquel Lyra, fez o mesmo movimento de sair do PSDB e ir para o PSD. Há a expectativa de que Eduardo Riedel, governador do Mato Grosso do Sul, também saia do PSDB, mas não há certeza sobre qual partido ele irá, além do PSD, ele também foi convidado pelo PP. Se Riedel também desembarcar, o PSDB irá perder os três governadores que elegeu em 2022.
O PSD tem o governador do Paraná, Ratinho Júnior, como pré-candidato a presidente. Além disso, Kassab, que é secretário de governo do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), pode apoiá-lo caso ele decida ser candidato a presidente.
Eduardo Leite estava filiado ao PSDB há 24 anos e até então a legenda havia sido seu único partido. Ele já havia sido convidado a se filiar ao PSD em 2022, mas na época foi convencido pela cúpula tucana a recusar.
Tucanos dizem que a decisão de Leite de sair do partido já era esperada e minimizaram o desembarque.
O PSDB negocia uma fusão com o Podemos para evitar se desidratar. Há também diálogos abertos para outras legendas se juntarem em uma possível federação após o processo de fusão ser concluído. Entre os partidos procurados estão Solidariedade, MDB e Republicanos.
Após rivalizar com o PT por décadas, o PSDB registrou resultados pífios nas últimas eleições e conta hoje com uma bancada de 13 deputados e 3 senadores. O prognóstico traçado por seus dirigentes é que a sigla poderá não atingir a cláusula de barreira na próxima eleição. O dispositivo prevê um número mínimo de eleitos para que o partido continue a receber recursos e tenha tempo de propaganda na TV e no rádio.
FONTE:O GLOBO